Já estava quase desistindo. Acordei e fui cuidar do meu filho mais novo, sabendo que não valia trocar algumas horas de Backyardigans por 90 minutos de pelada entre Argélia e Eslovênia.
Acertei. O pouco que vi deu dor nos olhos. Depois que minha esposa acordou e "assumiu as carrapetas" com os demoninhos da Tasmânia aqui de casa, parei e vi o final da partida, o que foi suficiente para testemunhar o novo frangaço que ilustrou o terceiro dia de competição.
Pensando bem, dada a ruindade dos times, só assim mesmo para sair algum gol. Mais bizarra ainda foi a dancinha dos eslovenos para comemorar o gol que eles acharam.
Tinha um pouco mais de esperança com Gana e Sérvia, mas foi outro jogo ruim demais. 1x0 foi bom só para confirmar minhas previsões de que Gana deverá ficar com a segunda vaga do grupo.
Porque, do meio para o fim da tarde eu consegui assistir à primeira partida decente desta Copa. A Alemanha passou o carro na Austrália, que não é de todo boba, mas faz uma defesa em linha que convidou os tricampeões mundiais a deitar e rolar no toque de bola eficiente que mostraram hoje.
Ver o time tedesco jogar é uma experiência interessante. Todo mundo diz que eles são quadradões, travados, ou, como diz o Galvão Bueno, jogam algo parecido com futebol. Para mim, pessoalmente, não é assim. Acompanho futebol desde o golaço de Nunes na final contra o Atlético-MG em 1980 e pude ver uma linhagem de excelentes atletas elegantemente vestidos e jogando de preto e branco: Fischer, Rummenigge, Littbarski, Brehme, Matthäus, Hassler, Klinsmann e Völler são alguns dos muitos alemães que encheram meus olhos em diversas Copas do Mundo.
Mas voltando à experiência de assisti-los, vê-se claramente que os alemães não passam o pé em cima da bola e não encantam com dribles e fintas variadas, mas dominam como poucos os diversos fundamentos do futebol. Deve ser exatamente por conta da sua conhecida dedicação e disciplina. Qualquer seleção alemã tem postura tática definida e roda a bola com precisão, até conseguir a brecha para fazer o gol.
Hoje foi exatamente assim, com um componente a mais: Özil aparece como candidato a um dos craques da Copa. Já era muito bem falado pelo último campeonato nacional que fez, e hoje confirma as expectativas de quem acompanha mais de perto o futebol germânico. Tem o toque de classe e a inventividade que não é comum àquela seleção.
Nas últimas duas copas, eles bateram na trave. Será que agora vai? Tomara que não...
domingo, 13 de junho de 2010
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