sexta-feira, 11 de junho de 2010

PALPITES PARA A COPA - Parte VI: Tudo, Nada ou Mais ou Menos

No Grupo F, o enigma de sempre: a Itália. No papel, pelo retrospecto, pelo atual status de campeã mundial, é a favorita absoluta da chave, ainda mais pela limitação dos demais integrantes do grupo.

O Paraguai desta Copa parece mais consistente do que suas "versões" anteriores, mas não parece suficiente para ir além das oitavas. A Eslováquia é outra incógnita. Classificou-se em primeiro numa chave em que superou seus "irmãos" tchecos, cuja tradição é consideravelmente maior, mas só conta com jogadores de times de segunda linha da Europa. A Nova Zelândia, bem, os All Whites já deram uma prévia do que não podem fazer na última Copa das Confederações. Junto com a Coreia do Norte, os neozelandeses são candidatíssimos à "Megababa" da Copa.

Portanto, o perfil seria o mesmo de outros grupos: um favorito destacado, uma carta fora do barbalho e dois times brigando pela segunda vaga.

O problema é que a Itália, como em outras edições do Mundial, é exatamente o que título afirma: pode vir com tudo, pode não conseguir nada, ou ainda pode ir aos trancos e barrancos, bem mais ou menos, para depois parar nas oitavas ou, numa reviravolta completa, conquistar mais um título.

E tanto se diz porque, embora sustentada pela sua tradição, a Squadra Azzurra apresenta seus destaques de 2006 já muito envelhecidos (Buffon, Cannavaro, Grosso, Zambrotta e Camoranesi), acompanhados, por sua vez, por jogadores de qualidade duvidosa para o padrão italiano de qualidade futebolística, especialmente no ataque: Borriello, Iaquinta e Gilardino estão abaixo do nível do folclórico Schillacci, que com todas as suas limitações chegou a ser artilheiro em 1990.

O Paraguai, ao contrário de sua última equipe de mais expressão, aquela que só foi eliminada na morte súbita pela França em 1998, tem um time mais equilibrado neste ano. A equipe de Arce, Gamarra, Chilavert e Rivarola se destacava pela sólida defesa. Este ano, Villar, Caniza, Victor Caceres montam uma boa espinha dorsal para sustentar um ataque interessante, com Roque Santa Cruz e Cardozo. Como disse acima, não é nada de excepcional, mas a boa campanha na eliminatória sulamericana a credencia pelo menos a almejar concretamente a passagem para as oitavas de final.

A Eslováquia poderia ser uma supresa jogando previsivelmente, ou seja, fechadinha lá atrás e esperando a oportunidade para se aproveitar de um erro do adversário, ganhando o jogo de 1x0 e eventualmente passando à outra fase.

Sinceramente, acho pouco. Portanto, o palpite deve ser a Itália em primeiro, por absoluta falta de concorrência, mas jogando mal; e Paraguai em segundo, eventualmente sofrendo para decidir a vaga com a Eslováquia.

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