quinta-feira, 24 de junho de 2010

DIFERENTES TONS DE AZUL

A cor desta quinta foi azul, ou azzurro, como dizem os italianos da cor da camisa de sua seleção. Um azul marinho profundo em desespero e vergonha pela eliminação precoce dos atuais campeões mundiais.

A Itália padeceu de uma certa maldição que se abate sobre campeões mundiais. Não todos, pois até mesmo ela é uma das duas seleções que conseguiu um bicampeonato seguido (1934 e 1938), ao lado do mágico Brasil de 1958 e 1962. Entretanto, da década de 60 para cá, as más campanhas se misturam a desempenhos honrosos das equipes que vão defender o título mundial na copa seguinte.

Foi assim com a Alemanha em 1978 (após o bi em 1974), que não passou da segunda fase; com a Itália em 1986 (após o tri em 1982), quando perdeu para a França nas Oitavas; e com a França em 2002, com um vexame ainda maior do que o deste ano, quando saiu da Copa sem marcar um gol sequer.

Além de padecer com uma síndrome muito bem identificada por Marco Antonio Rodrigues no Seleção Sportv de hoje, que constatou ser muito difícil, para qualquer treinador, de qualquer seleção, barrar os medalhões que ganharam a copa anterior, mesmo quando estes estão em má fase, a Itália ainda esbarrou na falta de renovação do seu futebol, e não somente de sua seleção. O futebol da velha bota se perde na importação desenfreada de jogadores. Já tinha sido assim na década de 60 e eles aprenderam. Pelo jeito, esqueceram novamente tais lições.

À tarde, o mesmo azul marinho brilhou na camisa do Japão, que surpreendeu a Dinamarca com três golaços e um amplo domínio da partida. O Paraguai que abra os olhos.

Nenhum comentário: