terça-feira, 15 de junho de 2010

NORMAL E PREOCUPANTE

O Brasil penou para superar a retranca coreana. Normal. A Seleção demorou a engrenar, ficando presa na marcação, sem que os jogadores se deslocassem para dar opção de ataque. Normal. O meio-campo peca na saída de bola, lenta e sem muita criatividade. Normal.

Tudo muito normal não só para a Seleção do Dunga, mas para todos os últimos times, com Parreira, com Scolari, com Luxemburgo, com Zagallo.

O problema é que fazer o normal desta vez pode não ser suficiente. Temos dois jogos que se apresentam dificílimos e nos quais a equipe deverá demonstrar o potencial de superação que testemunhamos em alguns momentos da trajetória de Dunga à frente da Seleção.

O discurso, já normal nestas ocasiões, é de que o Brasil tem dificuldade para vencer sistemas muito fechados na defesa. Mas a pergunta que toda a crônica esportiva faz é: quem joga aberto contra a Seleção?

Certamente não serão Portugal e Costa do Marfim, que hoje mostraram um poder de marcação que chega a ser irritante, na medida em que renunciaram ao ataque na partida das 11 horas.

E aí, Carlos Roberto Lino, comentarista do Sportv, destacou com propriedade que a tabela da próxima rodada é ruim para o Brasil, já que jogamos com os marfineses antes de Portugal x Coreia do Norte. Portanto, os patrícios já vão jogar sabendo de quanto precisam para eventualmente assumir a liderança e jogar por um empate na última rodada.

Já os Elefantes, como são conhecidos os africanos de nosso grupo, podem jogar por um empate conosco, para tentar fazer saldo na última rodada.

De tudo isto, conclui-se: no domingo, ganhar será necessário, e jogar muito mais será imprescindível.

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