quinta-feira, 12 de março de 2009

ESCRIBA ALUCINADO (Ou Como Fui Esquecer Disto?!)

Postando, lendo e editando meu último post, veio-me mais uma idéia, em verdadeiro surto psicótico redacional: o que são estas iniciativas de autoridades públicas em pretender ir à Suíça sob o argumento de realizar campanha para a escolha das sub-sedes da Copa de 2014?

Mais do que isto: quanto deve ter custado o anúncio de duas páginas na Veja e em outros veículos de imprensa da campanha ridiculamente denominada Copantanal? A quem o Governdo do Mato Grosso do Sul quer convencer? Será que eles acham que a FIFA vai se influenciar com o referido anúncio? Ou trata-se de lembrete de última hora? (ihh... esquecemos de dizer estas coisas aos inspetores da FIFA... não tem problema, vamos fazer uma campanha publicitária e mandamos um recorte para lá...)

Sou um entusiasta da Copa de 2014 e da candidatura olímpica do Rio, mas estas posturas só dão razão a quem teme por uma farra com o dinheiro público.

EM BREVE, NESTE MESMO BATCANAL (Com Reforma Ortográfica)

Aproveitando as deixas do último post, seguem alguns assuntos que pretendo abordar a seguir (mas que não acontecerá agora, por conta do meu sono) e que abro desde já aos comentários:

1. Sabemos cultivar nossos ídolos esportivos?
2. Há solução para o caos administrativo dos clubes brasileiros?
3. Afinal, pode-se aprovar a gestão dos fundos confiados à administração do COB?
4. O Rio efetivamente pode sediar uma Olimpíada?

CASA QUE NÃO TEM PÃO...

Como prometido, e para não deixar o assunto morrer, vamos à presepada do Bruno, (ótimo) goleiro do Flamengo.

A postura do arqueiro rubronegro (segundo a Reforma Ortográfica, ou não, sei lá) traduz um sentimento que se tem percebido ultimamente nos atuais jogadores profissionais de futebol. Como vivem num ambiente de elevadíssimas remunerações e vão muito cedo para a Europa, passam a se desconectar das tradições do futebol brasileiro, ignorando o valor das conquistas em âmbito nacional e não criando vínculo com nenhum clube.

Fernando Calazans, que é um cronista um tanto ranzinza para o meu gosto, mas neste caso apontou com grande propriedade o problema, identifica bem o verdadeiro escândalo que é um jogador profissional ignorar quem foram os campeões mundiais de 1958 ou desconhecer figuras importantíssimas da história deste esporte.

O episódio envolvendo Bruno e Andrade, que juntamente com o Zinho é o jogador que mais conquistou títulos brasileiros, cinco, mostra bem como pecamos na falta do cultivo da memória de nossos ídolos esportivos. Um jogador que vem criando uma bela identificação com a torcida rubronegra (olha a Reforma de novo) não pode, sob pena de excomunhão, pretender desqualificar um gigante da história do clube.

Mas o problema não se contém aí. No caso do Flamengo, vemos elevado à enésima potência o descalabro que é a administração dos clubes brasileiros. O descumprimento do dever básico de qualquer empregador, que é pagar o salário de seus trabalhadores, leva à desmoralização total e absoluta de qualquer possibilidade de autoridade. Agora, consciente da ofensa realizada a um membro da Comissão Técnica e a um dos maiores atletas da história do clube, o que por via reflexa atinge a imagem da própria agremiação, o que pode fazer a Diretoria do Flamengo: descontar o salário que não paga ao goleiro?

Nesta hipótese, o complemento do título cai como uma luva:... todo mundo grita e ninguém tem razão.

BOMBANDO

Abro este post agradecendo a todos que me deram a honra da leitura e comentaram meu retorno ao mundo dos blogs, em especial aqueles que venceram a timidez e postaram comentários, nominalmente, Rodrigo, tricolor fanático que ousa comparar o Fred com o Ronaldo; Beto, personagem já cativo neste espaço; e, mais do que tudo, minha querida esposa Isabela, que revelou ser uma quarta leitora oculta deste blog.

Quem está bombando também, na esteira do que propus no post anterior, é o Ronaldo, que fez outro gol salvador, selando a vitória do Corinthians. Para além de qualquer discussão sobre sua forma física e as suas possibilidades de voltar à seleção, é inegável que sua categoria já é suficiente para torná-lo tão mortal quanto o Romário dentro da área (obviamente a comparação só pode se restringir ao Baixinho dos últimos anos de carreira).

Por fim, voltando à audiência deste blog, agradeço também à mensagem de meu caro amigo rubro-negro Marcos Juruena, que propõe uma discussão sobre a presepada do Bruno, goleiro do Mais Querido do Brasil. Mas isto fica para o próximo post.

quarta-feira, 11 de março de 2009

VOLTEI (Ou Na Trilha de Ronaldo)

Aos meus três leitores (minha sogra, meu irmão e meu amigo Beto) anuncio que vou tentar retomar o blog, especialmente por conta de recente conversa animadora que tive com o único leitor que não está no meu círculo familiar (embora a amizade com meus sogros se não o deixa também dentro, pelo menos cria uma figura secante - quem não lembra de geometria que se vire...).

Na mencionada conversa, vi que o esporte é, como diz o Milton Neves a respeito do futebol, o assunto mais importante dentre aqueles que não são importantes. Deste modo, acho que este blog pode ser um fórum interessante para debater-se sobre uma atividade que nos remete a alguns dados elementares dos indivíduos e dos grupos sociais, a um mundo onde o jogo, qualquer jogo, nos redime das derrotas diárias; nos ensina algumas lições; nos eleva o espírito com passagens verdadeiramente épicas; ou simplesmente nos entretém em meio à correria do dia a dia.

Pois bem, aproveitando o mote do retorno, nada melhor do que invocar a notícia esportiva da semana: a volta de Ronaldo. É realmente impressionante o poder de recuperação e, mais do que isto, de atração, digamos, "midiática" do Fenômeno.

Tirando o furor da imprensa esportiva, que já antecipa a volta à Seleção de um jogador que está visivelmente muito acima do peso, duas impressões ficaram das minhas conversas com amigos sobre o último Corinthians x Palmeiras: 1. como será ainda mais difícil a volta de Ronaldo a um nível razoavelmente próximo daquele em que ele costumava jogar; 2. como, mesmo assim, alguns quilos além do aceitável, o Fenômeno excede em técnica qualquer jogador em atividade no Brasil.

Posto o assunto, aguardo os comentários.