sexta-feira, 11 de junho de 2010

PALPITES PARA A COPA - Parte VIII: Vai Ter que Torcer Muito

Este ano, estamos no grupo mais difícil que o Brasil já jogou em copas, talvez desde 1970, quando enfrentamos a então campeã, Inglaterra, e as boas forças do leste europeu, Tchecoslováquia e Romênia.

Tirando a Coreia do Norte e sua plêiade de nomes iguais e jogadores inexpressivos, Portugal e Costa do Marfim são dois adversários perigosíssimos e com destaques individuais absolutamente estelares: Cristiano Ronaldo e Drogba.

Não nos enganemos com os 6x2 do amistoso em Brasília: Portugal não deixará isto se repetir no Mundial. Aliás, seria bom que já chegássemos a este jogo com a classificação garantida, ou a pressão pode ficar insuportável. O time lusitano fez uma renovação razoável, embora seu técnico não consiga engrenar como fez Scolari quando estava à frente dos patrícios. Sem Nani, a equipe perde um bocado de sua força, mas Simão, Deco e o astro do Real Madri constroem uma linha de frente realmente ameaçadora.

Assim como Portugal não é só Cristiano Ronaldo, a Costa do Marfim também vai além de Drogba. Eboue, Yaya Toure e Kalou são coadjuvantes de primeiro nível para o craque do Chelsea.

O Brasil parece estar numa encruzilhada. Se vencer bem a Costa do Marfim, pode pegar embalo e fazer uma grande Copa, especialmente se Robinho confirmar a ascensão que ele vem demonstrando nos últimos jogos pela Seleção e nos treinos preparatórios para a competição.

No entanto, um resultado ruim contra os africanos pode botar tudo a perder, deixando o time na dependência de um resultado contra Portugal e uma pressão enorme para alterar um time que, aparentemente, não revela muitas alternativas no seu modo de jogar.

Em que pesem tais temores, minha veia de torcedor inveterado não consegue acreditar em outra coisa que não seja o Dunga acertando o time para repetir as campanhas vitoriosas da Copa América e da Copa das Confederações, ganhando as três partidas, ainda que com dificuldade, e passando às oitavas-de-final para se afirmar definitivamente contra o Chile ou a Suíça.

No segundo lugar, a dúvida é cruel, ainda mais depois da contusão de Drogba, mas ainda acredito mais nos marfineses, já que os times parecem se equivaler, mas Carlos Queiroz não transmite qualquer segurança no seu comando. Brasil em primeiro, Costa do Marfim em segundo.

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