sexta-feira, 15 de agosto de 2008

JUDÔ: COMEMORAR OU LAMENTAR?

Encerrada a participação do Judô, surge a pergunta: devemos comemorar ou lamentar?

Sob o ponto de vista objetivo - quantitativo -, ganhamos três medalhas, desempenho que não tínhamos desde os Jogos de Los Angeles, em 1984. Entretanto, a expectativa gerada pelo desempenho no Mundial de 2007 acabou dando um sabor amargo aos três bronzes.

Pois bem. Lamentemos: temos três campeões mundiais, dos quais, somente Tiago Camilo ganhou medalha. Veio muito marcado por todos os competidores e não conseguiu reproduzir a verdadeira "avalanche" que o levou ao título mundial. Deu azar numa luta, mas teve brios para buscar o bronze.

Já João Derly e Luciano Corrêa decepcionaram. O primeiro ainda tem a justificativa dos problemas de contusão ao longo de sua preparação. Já o segundo se mostrou muito tímido, sem se impor sobre os adversários. Afinal, ele é ou não o campeão do mundo?

Por outro lado, comemoremos: o Judô se consolida como esporte vencedor no Brasil, mantém a tradição de sempre trazer medalhas (desde 1984) e ainda proporcionou um momento histórico: a primeira medalha individual feminina da história olímpica brasileira.

No saldo, vemos a afirmação de uma modalidade que caminha para uma efetiva popularização (porque não fazermos um Circuito Nacional de Judô, com ampla cobertura, disputa entre clubes e, eventualmente, convidados estrangeiros? - eis um bom tópico para post futuro), mas que ainda precisa galgar um degrau para estar ao lado dos gigantes Japão e França.

Um comentário:

Anônimo disse...

É bom lembrar que nenhum campeão mundial ganhou ouro em Pequim. Além disso, o fato de a disputa para melhor do planeta ter sido no Rio favoreceu muito os brasileiros na conquista dos títulos e da lógica equivocada da condição de favoritos antes das Olimpíadas. Quando chegaram à China, a falta de apoio psicológico pesou sobretudo para o Luciano Corrêa.