sexta-feira, 22 de agosto de 2008

BRASILEIRO É QUEM COMPETE PELA NOSSA BANDEIRA

Estou irritado, como vários outros amigos (dentre eles o caro Pablo Marano, em seu blog mesadebaresportiva.blogspot.com), com comentários que falam em "brasileiros que representam a Itália, a Austrália, a Espanha, a Geórgia". Especialmente no último caso, que ocorreu no vôlei de praia, vimos várias vezes uma certa condescendência com Jorge e Renato, que adotaram os apelidos ridículos de Geor e Gia, como se uma vitória deles contasse para o Brasil.

Brasileiro é quem tem nossa bandeira no peito. Para mim, brasileiros são Fernando Meligeni, ouro no Pan de 2003, 4º lugar nos Jogos de 1996; Oleg e Irina, que levaram nossa Ginástica Artística a um patamar jamais visto; o técnico da seleção de handebol, nascido na Espanha, que aos poucos vai tornando nossas meninas melhores de bola; o técnico francês que vai lapidando Yone Marques, um diamante bruto do Pentatlo Moderno.

Nenhuma crítica a quem optou por outra nacionalidade. Direito de cada um. Mas não me venham dizer que são brasileiros. Antes dos Jogos de Seul, já antecipando as Olimpíadas de 1992, Aurélio Miguel, que tem cidadania espanhola, foi convidado para competir pelo país de seus ancestrais. Preferiu o Brasil e nos trouxe o ouro. Aurélio é brasileiro de nascença e de coração, assim como os atletas e técnicos que vestem verde e amarelo, perdendo ou ganhando, nestes Jogos de Pequim.

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