sábado, 9 de agosto de 2008

COMEÇOU!! (Ou Atropelado de Novo)

Começaram os Jogos e eu, blogueiro inconstante, deixei-me atropelar pelos fatos novamente. De todo modo, vamos por parte, cronologicamente.

Primeiro, antes da abertura. O futebol masculino fez uma estréia morna, em que, ainda que se considere o desentrosamento do time, especialmente o meio-campo esteve abaixo do que pode render. Anderson meio escondido, Lucas errando muitos passes. Valeu pela vitória em cima de uma seleção belga que bate com vontade. Decepção mesmo só o Pato, que não rendeu nada.

No dia seguinte, a cerimônia de abertura. Majestosa, impressionante, criativa. Mas mesmo assim, ainda faltou algo. Achei sensacional o número com os tambores no início; os anéis olímpicos pairando no ar do estádio; os bailarinos pintando a tela no meio do campo e o globo que flutuava enquanto pessoas corriam sobre o mesmo em sentidos que desafiavam a gravidade.

Ainda mais impressionante a forma com que se acendeu a pira, elevando o ex-ginasta Li Ning à parte superior do Ninho do Pássaro e fazê-lo correr no ar para acionar um fogo olímpico realmente gigantesco, como nunca se viu.

Tudo muito lindo e perfeito, mas faltou identificação com a mística dos Jogos, tema que sobrou na cerimônia anterior, em Atenas (mas aí também é covardia, os Gregos são os pais das Olimpíadas).

No primeiro dia, eliminações esperadas no Judô; séria preocupação no Basquete feminino, que entregou um jogo que estava ganho, e uma pequena preocupação no Futebol feminino, que ganhou, mas ainda não convenceu.

Classificação sofrida de Thiago Pereira nos 400m Medley e bonita participação da Gabriela Silva nos 100m Borboleta. Mas as primeiras provas mostram que a vida brasileira na piscina será muito dura. Uma medalha já será um lucro enorme.

Muito boa a primeira aparição de Diego Hypólito, que se classificou em primeiro lugar para as finais do solo. Depois de seu primeiro salto sobre o cavalo, passei a não entender porque não tenta também naquele aparelho, mas se a tática servir para garantir a primeira medalha da Ginástica Brasileira, está valendo.

No mais, estréias tranquilas para as meninas do vôlei de quadra e para Ricardo e Emanuel na areia. Já Ana Paula e Larissa tomaram um susto, mas garantiram também uma vitória.

Bem, é isso aí. Vou tentar não ficar fazendo resumos depois de ser atropelado.

3 comentários:

Anônimo disse...

Brasil 1 x 0 Bélgica.
Há muito tempo que entre a transmissão de um evento esportivo pela TV e assistir o mesmo evento ao vivo opto pela TV. Acho bem melhor. Fico no aconchego da casa, ataco a geladeira e o bar a hora que quero e bem entendo, o assento já conhece as minhas formas, além de contar com vários replays, câmeras lentas, tira-teimas, opiniões, etc. Por outro lado evito: o flanelinha, o assalto, a falta de educação geral, o desconforto. Consigo até relevar, com simpatia, os ataques patrióticos da quase totalidade dos nossos narradores que tentam, até por uma questão de IBOPE e sobrevivência, nos vender gato por lebre; ou seja, o jogo a que assisto está chatíssimo, mas o vibrante narrador insiste em afirmar que o jogo está dramático, coisas do esporte.
Agora; preciso saber o que se passa, às 6 horas da matina, na casa do Rafinha? Tenham dó! Que mamãe, papai, titia, titio, vovó e vovô estão morrendo de saudades do menino e que torcem pelo filho ilustre. Será que tem algum tipo de telespectador que se interessa por isso? Sei não.
Ah! Ia esquecendo, teve um jogo. Mas que joguinho sem-vergonha. Pano rápido.

Anônimo disse...

Como já se esperava a abertura dos jogos olímpicos foi muito bonita. Tal e qual uma escola de samba, evoluindo num sambódromo redondo, os organizadores chineses foram mostrando a sua história, suas invenções, desde os primórdios. Vá lá que sonegaram quase todo último século, mas, afinal não vamos conspurcar a festança.
Agora, ver passar as mais de duzentas delegações dos países participantes é dose pra elefante. Puro tédio. Ninguém merece.

Anônimo disse...

Mais uma vez coloco o despertador para ver as meninas do futebol e mais uma vez me decepciono. Não tanto pelo futebol que praticam, mas sim pela forma como o praticam. Cada vez mais jogam como os homens; são as faltas desleais, as reclamações destemperadas, o empurra-empurra dentro da área, quando da batida do escanteio, até no linguajar usado; durante o primeiro jogo, um microfone aberto captou, se não me falha a audição, uma das meninas gritar com uma companheira – Passa essa bola, baralho! Pelo andar da carruagem mais um pouco e veremos nossas meninas, na barreira, protendo as partes pudendas. A continuar desta forma, prefiro os originais.