domingo, 29 de junho de 2014

O BRASIL PRECISA DE VOCÊ, PIJAMEIRO DE SORTE

O que mais se comenta hoje em dia é que a Seleção não para de chorar. Credita-se isto à falta de preparo psicológico ou ao excesso de pressão. Cheguei a ficar com raiva hoje, ao assistir o "É Campeão", novo programa do Sportv, em que tive que presenciar o prazer sádico do Carlos Alberto Torres em desdenhar deste elenco. Será que ele se sente ameaçado pela imensurável glória que seria conquistar o título em casa? Ele não precisa disto, é um dos símbolos de uma das melhores equipes da história (embora ache que a de 1958 seja superior, pois tinha Pelé E Garrincha no mesmo time).

Tentando baixar a adrenalina do jogo de hoje, estou lendo tudo o que passa pela minha mão e tive o habitual prazer de mais um post no blog do Rica Perrone, um dos melhores cronistas esportivos que temos. Sob o título "Conquistem-na!" (Ainda não sei fazer links no texto...), ele dentre vários outros acertos, procura traduzir a sensação de abandono que nosso escrete sente ao olhar para a arquibancada e ver que o mesmo país que exige a vitória em casa, não lhe dá uma torcida que preste.

O coro coxinha "Eeeeu sou brasileiro, com muito orgulho..." (Ergh!) não consegue animar nem bingo de asilo. Cantar hino só no início não resolve, porque nossos hermanos também aprenderam a fazê-lo (e vaiá-los só nos traz vergonha, nada mais).

O choro do primeiro jogo era a antecipação da energia que nossos atletas esperavam receber. Os que se seguiram é a agonia de quem carrega o país nas costas e não vê ninguém ao lado sequer para dar uma força. A diferença de jogar em casa é contar com a torcida, e nossos jogadores só tem a si mesmo, porque nossa torcida no estádio é patética.

Portanto, você, pijameiro de plantão que teve sorte de conseguir ingresso no sorteio, ou você, que conseguiu assistir jogo in loco com base em "algum esquema maneiro", trate de por esta garganta para funcionar. Os onze lá de baixo precisam que você tire a bunda do assento numerado padrão FIFA, esqueça a porra da cerveja e da pipoca e passe a cumprir seu dever cívico, que é se esgoelar do começo ao fim do jogo, pondo pressão em quem quer que esteja do outro lado. É desta ajuda que os garotos precisam.

Portanto, como bom rubro-negro que, da arquibancada levei times razoáveis a dois títulos brasileiros impensados e à inaudita Copa do Brasil do ano passado, eis algumas adaptações que podem esquentar um pouco a relação entre o time e os milhares de desatentos que têm ido aos jogos:

Nós queremos respeito
E comprometimento.
Eu não sou argentino,
Eu sou é brasileiro.
Ô,ôôôô
Ô, ôôôô...

Brasil, estou sempre contigo,
Somos uma nação,
Não importa onde esteja
Sempre estarei contigo
Com a camisa amarela
E a bandeira na mão
Está copa é nossa,
Vai começar a festa!
Dale, dale, dale, ô
Dale, dale, dale, ô
Dale, dale, dale, ô
Brasil do meu coração!

Eu sempre te amarei,
Onde estiver estarei,
Ó meu Brasil!
Tu és o pentacampeão,
Raça, amor e paixão.
Ó meu Brasil!


Se você tem algum canto de seu time, mande para cá. Ficarei feliz em tentar ajudar nossos irmãos pijameiros a torcer decentemente.


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