sexta-feira, 26 de junho de 2009

ECOS DA PARTIDA ANTERIOR

Recebi de meu sócio Daniel uma matéria do site do El País (http://www.elpais.com/articulo/deportes/Brasil/pone/Italia/espejo/elppgl/200), jornal que caiu na pele da Itália, ainda sem saber que a Espanha faria o papelão de sempre, ao morrer na praia mais uma vez e ser eliminado pela Seleção dos EUA na quarta-feira.

Muito embora seja curioso ver um espanhol, que não tem nenhuma Copa do Mundo na prateleira, criticar o futebol tetracampeão mundial, convido todos à leitura do artigo, que traz duas reflexões úteis para nós brasileiros.

A primeira é a crítica à dificuldade dos italianos em "aposentarem" seus ídolos, o que impede uma renovação mais rápida dos times nacionais e da própria Azzurra. Transpondo a observação para o futebol brasileiro, podemos lê-la como uma advertência contra a vontade de recuperarmos a qualquer custo jogadores que parecem já ter "passado do ponto". Falo da expectativa, do verdadeiro desejo de grande parte da torcida, de termos de volta craques como Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho Gaúcho e Adriano.

O mais grave é que os referidos jogadores não são tão avançados em idade como Maldini, Cannavaro, Costacurta, entre outros "dinossauros". Ronaldo é o mais velho dos três, com 32 anos, o que não é nada de absurdo para um centroavante.

Entretanto, preocupa a dificuldade no retorno de três integrantes do "Quadrado Mágico" de 2006, que parecem - ou pelo menos pareceram em dado momento - mais interessados nos prazeres mundanos do que na consagração em seus respectivos times e na Seleção.

Diante deste quadro, novas tentativas só devem ser feitas caso tais jogadores mostrarem, no campo e por um período mais longo, que voltaram a ser os atletas - e aí deve-se frisar o sentido desta palavra, com todas as suas implicações físicas para os três - imprescindíveis que eram antes da derrocada de cada um.

Adriano parece estar despertando entre as diversas recaídas, readquirindo a forma física e técnica de forma mais evidente. Ronaldo vem marcando gols, está próximo de conquistar a Copa do Brasil com o Corinthians, mas continua "redondamente" incompatível com uma convocação para o escrete canarinho.

Já Ronaldinho é uma incógnita. Há muito tempo sem jogar, quando joga, o gaúcho está cada vez mais escondido na ponta esquerda, dando toquinhos para os lados e tentando aqui e ali uma jogada de efeito sem muita produtividade. Será que Leonardo conseguirá trazê-lo de volta para o Olimpo do futebol?

De todo modo, a lição da Itália tem que ser aprendida: se temos até mais alternativas que os atuais campeões do mundo, o "sacrifício" de algumas promessas não pode ser feito em nome de craques meia bomba.

O post já ficou muito grande. A segunda consideração vem a seguir, no mesmo batcanal (com reforma ortográfica).

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