segunda-feira, 22 de junho de 2009

DUNGA: A HISTÓRIA CONTINUA.

Eis o que é um grande personagem: foi só falar do Dunga que os meus 5 leitores ficaram todos ouriçados. O técnico da Seleção foi objeto de cometário publicado do Beto e outro do meu caro primo de Natal, José Eduardo, que por problemas técnicos, não consegui publicar.

Ambos os comentários apontam para uma característica reiteradamente atribuída ao Capitão do Tetra em seu período como jogador: Dunga seria o modelo do chamado "futebol-brucutu", um mero cabeça de área que destoa da nobre linhagem de volantes brasileiros, tais como Zito e Clodoaldo (e eu acrescentaria o Falcão).

Ouso discordar, e não o faço sozinho. Conheço inúmeras pessoas que comungam da minha opinião a respeito das qualidades técnicas do Dunga como jogador. O atual técnico, quando em atividade dentro das quatro linhas, foi estigmatizado com o rótulo de marcador, destruidor de jogadas, cão de guarda da defesa. De fato, Dunga era isto tudo, e tal fama se consolidou de modo especial após a Copa América de 1989 e antes da Copa de 1990, principalmente após um comentário do então Presidente da República, de triste memória, Fernando Collor, que pretendia ver "onze dungas" na Seleção.

Com o fiasco na Copa da Itália, o volante ficou marcado como se todo o mau futebol daquele time decorresse de sua atuação, quando qualquer scout da Seleção em 1990 apontava que Dunga era o jogador que mais acertava passes.

Mas a maior demonstração de que Dunga sabia jogar é o lançamento espetacular que ele faz, muito antes do meio-campo, para o Romário ficar na cara do gol contra Camarões, na primeira fase da Copa de 1994.

Portanto, discordo de quem acha que Dunga não sabia jogar. Para mim, é um dos maiores volantes da história do futebol brasileiro. Indo mais além, dos que vi, ele só perde para o Falcão.

Abro para discussão: Dunga sabia ou não jogar?

Um comentário:

Beto disse...

Dunga sabia jogar, ou os brutos também amam.

Não faço mistério e afirmo de saída: o Dunga sabia jogar; apesar de ter sido um tanto ou quanto grosso.
O futebol do Dunga se caracterizava muito mais pela determinação e aplicação do que por qualquer outra forma. Em suma; Dunga não era um virtuose, um estilista. Um passe bem dado contra Camarões não o habilita, entretanto, a um hall da fama. Só pra ficar no teu Flamengo, era mais o Andrade. Vê-lo apenas abaixo do Falcão...bem, gosto não se discute, mas ainda assim eu reveria esta afirmativa. Me parece exagerada, um tanto.

O blog voltou bombando. Vida longa.