quinta-feira, 31 de julho de 2008

PROGNÓSTICOS (Ou palpites com nome pernóstico - 7: A Força da Escola)

Ainda no âmbito dos esportes coletivos, das modalidades de quadra, resta ainda palpitar sobre Handebol. No que diz respeito às equipes brasileiras, a masculina está longe de qualquer possibilidade de medalha e deve brigar para fazer uma figura honrosa.

Já a feminina também não se enquadra entre as favoritas, mas o time parece ser mais consistente, podendo, dependendo do dia, produzir alguma surpresa que nos leve a uma posição de maior destaque.

Contudo, o mais importante ao analisar o Handebol não é discutir as chances de medalha ou não, mas constatar que a modalidade é um exemplo claro de como a inserção do esporte na escola pode gerar resultados duradouros. Embora não tenhamos alcançado o status de força mundial, conquistamos as duas medalhas de ouro no último Pan-Americano e temos conseguido seguidas classificações para participar de competições internacionais, mostrando o Handebol uma evolução constante e sólida já ao longo de dois ciclos olímpicos.

E o que isto tem a ver com a escola? Não sei em outros estados, mas no Rio de Janeiro, o Handebol é, silenciosamente, uma das modalidades mais praticadas nos estabelecimentos de ensino. A razão pode estar na facilidade de se adaptar as onipresentes quadras de Futsal para a realização de partidas de Handebol. Deste modo, meninos e meninas podem ter uma iniciação desportiva que fuja do chavão "futebol para moços e vôlei para moças", e criam a massa de iniciados onde serão "garimpados" atletas de alto rendimento.

Este é um tema que certamente explorarei mais adiante, quando já superada a expectativa e as emoções dos Jogos Olímpicos, mas sempre me pergunto como o Brasil, com quase duas centenas de milhões de habitantes, não consegue produzir um contingente mais expressivo de competidores no Atletismo ou na Natação. A ausência de uma política de educação física nas escolas brasileiras é talvez a maior explicação.

O exemplo do Handebol está aí para quem quiser ver. Ainda vamos vibrar com jogadores que nos encantam com uma bola pesada nas mãos. Talvez não agora, mas vale dar uma olhada nos atletas que saíram das nossas escolas.

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