quarta-feira, 23 de julho de 2008

PROGNÓSTICOS (ou palpites de nome pernóstico - 2: E a Seleção Masculina de Futebol?)

Depois de um dia sem postar nada, minha intenção era ir comendo pelas beiradas, falando de modalidades sem tanta atenção da mídia, para mais tarde chegar aos esportes de massa.

Entretanto, o affair Robinho acabou precipitando a abordagem do Futebol logo no segundo post da série.

E então, como ficará a Seleção sem Robinho? Há muito tempo o Robinho é o esteio do time do Dunga, o jogador que servia de referência, especialmente nos jogos em que as demais estrelas (Kaká, Ronaldinho Gaúcho) não estavam presentes. O melhor exemplo foi a Copa América, em que o ex-santista comeu a bola.

Realmente, a falta de um Robinho motivado e inspirado é complicada, mas há jogadores no elenco que podem suprir sua falta. Dos atletas com idade olímpica, Alexandre Pato é nome da vez (aliás, as especulações apontavam para que ele fizesse dupla com Robinho). Rafael Sóbis, embora esteja um ou mais degraus abaixo e há muito não faça uma apresentação que empolgue, também tem o mesmo estilo de jogo.

Além destes dois, ainda há Ronaldinho Gaúcho, que, se efetivamente entrar em forma, pode ser o fator de desequilíbrio que Robinho representava. Talvez até mais do que ele. O problema é que o tempo é cada vez mais curto e a agenda do novo jogador do Milan está cada vez mais cheia, com menos espaço para treinos de verdade. Tomara que eu queime a língua.

De resto, a equipe parece bem convocada, especialmente o meio-campo, que se for bem no Torneio Olímpico, pode fornecer algumas soluções para o time das Eliminatórias, especialmente no que diz respeito aos dois volantes (Hernanes, Lucas e Anderson são jogadores infinitamente melhores do que aqueles que têm povoado o meio-campo da Seleção).

Só não entendi a opção pela convocação do Ramires no lugar do Robinho. Se perdemos um atacante com mais de 23 anos, porque não utilizarmos esta opção. Um centroavante goleador seria bem-vindo, pois, sinceramente, não confio muito no Jô.

Cravando o palpite, devemos passar pela primeira fase, mas não sem sustos. A Bélgica é uma incógnita e a China pode complicar na base da empolgação (torcida não lhes faltará...). A partir das quartas-de-final, o caminho passa a ser bem mais complicado, seja qual for o adversário. Isto sem contar com o cruzamento com a Argentina antes da final...

No geral, a Argentina parece ter um time mais consistente que o nosso. Talvez o jogo que defina a sorte do Brasil seja justamente a semi-final contra os hermanos. Se passarmos, temos tudo para conquistar o ouro inédito.

Menos que o bronze pode por o Dunga mais a perigo do que ele já está.

Um comentário:

Anônimo disse...

Preparava-me para sair. TV ligada no Globo Esporte. Ecos da “grande” vitória da seleção olímpica de futebol masculino sobre a briosa agremiação vietnamita por 2x0.
O repórter entrevista o craque Anderson, que com ar blasé informa para a massa de espectadores que espetáculo já era, não existe mais, o negócio são vitórias e que vencendo as seleções de Cingapura e do Vietnã o escrete canarinho tinha cumprido seus objetivos até ali. Dureza não?
Ou o Anderson está escondendo o jogo e na hora que a bola rolar pra valer vamos ser brindados com belas jogadas, fruto da qualidade inigualável de nossos jogadores, ou nos preparemos para noventa minutos do mais puro tédio. Esperemos.