terça-feira, 17 de julho de 2012

PALPITES DO BARBALHO - PARTE 2: Águas Misteriosas

Seguindo na série prognósticos, passo para o segundo esporte na escala de "nobreza" dos Jogos Olímpicos: a natação.

Talvez esteja aqui nossa maior esperança de uma medalha de ouro: Cesar Cielo dominou praticamente todo o ciclo olímpico nos 50m rasos, com um bônus: um dos seus concorrentes diretos neste período é outro brasileiro, Bruno Fratus. Seria incrível poder reeditar a dobradinha do pódio do vôlei de praia feminino de 1996 (Jacqueline/Sandra e Adriana/Mônica) ao final dos pouco mais de 20 segundos da prova em questão.

O problema é o tal do Magnussen, australiano com nome de sueco que veio para deixar o negócio complicado. Isto sem contar que os 50m são meio "bola ou búlica"... Um erro mínimo é suficiente para deixar o atleta fora do pódio.

Em outras palavras, podemos coroar nosso sexto bicampeão olímpico e ainda fazer uma dobradinha histórica, mas também nos arriscamos a ter uma decepção daquelas. Esperemos que mau desempenho de Cesão no recente Torneio Sette Colli em Roma tenha sido somente um momento de relaxamento antes do espetáculo de agressividade e comprometimento que o Barbarense normalmente nos proporciona.

Cesar Cielo ainda é esperança de alguma medalha nos 100m livres e nos dois revezamentos 4x100, livres e medley. Diante dos resultados do nosso campeão, e lembrando que ele levou o bronze em Pequim "no photochart", repetir a proeza já estará de bom tamanho na prova individual.

Quanto aos dois revezamentos, levo mais fé no 4x100 medley, onde temos, além de Cielo, Felipe França no nado peito e Thiago Pereira, no nado costas (ou borboleta, não sei). Mas aqui, o máximo que podemos almejar é outro bronze.

Outro bronze também pode sair das braçadas de Felipe França, mas com a dúvida sobre seu fôlego para cobrir os 100m do nado peito, já que suas medalhas em Mundiais vieram nos 50m, que não é prova olímpica.

Um eterno mistério é se Thiago Pereira deixará de ser só a promessa que aparece nos Panamericanos e finalmente conseguirá um resultado expressivo em âmbito mundial - no caso, olímpico. O amadurecimento do nadador e alguma maior consistências nas provas deste último ciclo olímpico podem até nos dar alguma esperança de mais um bronze em alguma de suas provas, em especial os 200m medley.

Por fim, a chance de uma medalha vir pelas mãos de uma mulher está fora das piscinas, na maratona aquática, onde Poliana Okimoto tem um cartel consistente no circuito mundial. Entretanto, o resultado de uma prova específica é sempre imprevisível, especialmente diante dos exemplos de chegadas que se resolvem somente no tapinha na boia da linha final.

Diante de todo exposto, vamos para água cheios de esperança de fazer nosso melhor resultado nos desportos aquáticos, mas com a dúvida de poder voltar com um travo amargo na boca... O prognóstico vai de dois ouros de Cielo, mais um de Poliana, além de uma prata para Fratus e cinco bronzes (os dois revezamentos, Thiago Pereira, Cielo nos 100m livres e Felipe França), até as profundezas de uma depressão sem medalha...

Uma avaliação realista deste blogueiro aponta para um ouro de Cielo nos 50m, uma prata para Poliana Okimoto e quatro bronzes: Fratus nos 50m, Cielo nos 100m, Thiago Pereira e Felipe França. Ainda assim, seria um excelente resultado, talvez fruto do otimismo exagerado deste escriba...

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