sábado, 30 de junho de 2012

ENTRANDO NO CLIMA OLÍMPICO

Já aberta a temporada olímpica e estando a menos de um mês do início dos Jogos de Londres, começo a "aquecer as turbinas" para a maior competição do planeta citando matéria da última Revista da ESPN (nº 32 - junho de 2012).

Sob a responsabilidade de Luís Augusto Símon e Rodrigo Borges, a publicação fez enquete com 32 (trinta e dois) jornalistas para eleger os "Dez Brasileiros para História". Ei-los, pela ordem:

1. Adhemar Ferreira da Silva (atletismo, bicampeão olímpico no salto triplo - 1952/56)
2. Torben Grael (iatismo, cinco medalhas olímpicas: duas de ouro-1996/2004, uma de prata-1984 e duas de bronze-1988/2000)
3. Robert Scheidt (iatismo, quatro medalhas olímpicas: duas de ouro-1996/2004 e duas de prata-2000/2008)
4. Joaquim Cruz (atletismo, campeão olímpico (800m) em 1984 e prata em 1988)
5. Cesar Cielo (natação, campeão olímpico/50m livre e bronze/100m livre em 2008)
6. Aurélio Miguel (judô, campeão olímpico em 1988 e bronze em 1996)
7. Maurício Lima (vôlei, bicampeão olímpico em 1992 e 2004)
8. Gustavo Borges (natação, quatro medalhas olímpicas: duas de prata-1992/1996 e duas de bronze-1996/2000)
9. Guilherme Paraense (tiro, duas medalhas olímpicas em 1920: ouro e bronze)
10. Maurren Maggi (atletismo, campeã olímpica no salto em distância - 2008)

Achei a lista bastante interessante, embora, como em qualquer iniciativa como esta, eu discorde em alguns pontos. Minhas modificações - e concordâncias - com a devida justificativa.

1. Adhemar Ferreira da Silva: embora já tenhamos - graças a Deus - outros bicampeões olímpicos, o atletismo é o esporte mais "nobre" dos Jogos, matriz de todos os demais e aquele que mais proximamente diz às origens do ideal olímpico. Ter dois triunfos neste cenário não é para qualquer um. Como não ponho minhas fichas em Maurren Maggi este ano (isto fica para um outro post), ainda está para aparecer alguém com a envergadura do nosso maior herói olímpico.

2. Torben Grael: cinco medalhas em seis edições. Depois foi comandar a embarcação vencedora da Volvo Ocean Race. Também é para pouquíssimos.

3. Robert Scheidt: quatro medalhas, um bicampeonato olímpico, e contando... Grael que se cuide.

4. Joaquim Cruz: maior nome do atletismo brasileiro depois do moço nº 1. Faria bem ouvirmos um pouco mais do homem que teve que ficar nos EUA para continuar contribuindo com o esporte...

5. César Cielo: como Scheidt, já tem duas medalhas e ainda contando. As boas chances deste ano podem levá-lo ao pódio desta lista. Isto se não ao seu topo absoluto.

Como se viu, até agora, só anuências com a lista de cima. Agora começo a dar vazão às minhas idiossincrasias pessoais:

6. Maurício Lima: dois são mais do que um, portanto, o campeão Aurélio Miguel fica para trás do levantador mais genial que já vi (melhor até do que Ricardinho, embora tenha sido reserva deste último no título de 2008).

7. Giovane Gavio: com base na mesma premissa da colocação anterior, o bicampeonato do atacante também põe Aurélio Miguel para trás, até porque o vôlei virou nossa segunda paixão nacional. Isto sem falar que sua participação no título de 2008 foi ainda mais efetiva do que a do Maurício.

8. Aurélio Miguel: para além da inesquecível memória de uma madrugada em que via um judoca ajoelhado, abrindo os braços para comemorar uma inédita medalha de ouro, ainda há a história da escolha pessoal em competir pelo Brasil, quando a Espanha lhe oferecera a oportunidade de defender a bandeira de seus ancestrais, preparando o terreno para os Jogos de 1992. E isto sem falar no ônus pessoal de enfrentar o status quo do Judô e criar as condições para uma entidade bem melhor estruturada hoje em dia.

9. Jacqueline Silva: a precedência das mulheres aqui é para a mulher que desafiou meio mundo no vôlei de quadra, reinventou-se na areia e protagonizou um dos momentos de maior dominância do esporte brasileiro na história olímpica, a memorável final verde-amarela do vôlei de praia em 1996, vencida por Jackie.

10. Maurren Maggi: fica no mesmo lugar, com o mesmo brilho. Afinal, vencer no atletismo, ainda mais com o revés do doping que interrompeu uma trajetória promissora, garantem a saltadora no Top Ten.

E agora, a apelada para chamar os amiguinhos para brincar: e você, qual a sua lista?

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