quinta-feira, 21 de junho de 2012

ALERTA OLÍMPICO

É claro que os profissionais de educação física poderão explicar detalhadamente que esta última fase é a etapa do chamado "apronto", onde os atletas estão saindo do período de maior ênfase na preparação física e depurando questões técnicas e táticas, para estarem no ápice de sua forma atlética daqui a 36 dias, durante os Jogos de Londres.

Entretanto, começo a ficar preocupado como torcedor, diante dos últimos resultados colhidos pelas diversas equipes e atletas brasileiros.

Matéria desta semana no Globo já destacava o declínio do vôlei brasileiro, tanto no feminino, quanto no masculino. De fato, tenho observado com preocupação que, na Seleção dos rapazes, o nosso ataque, que sempre foi um diferencial para as demais equipes, já não se impõe com tanta facilidade, sendo recorrentes os exemplos de contra-ataques que não são aproveitados pelo time verde-amarelo.

Viu-se isto novamente na Liga Mundial e, embora tenham que ser computados os desfalques, nossa equipe masculina só conseguiu vencer uma de quatro partidas contra a Polônia (e em casa!) e perdeu uma para o Canadá, que apesar de parecer ter um grupo promissor, nunca nos meteu medo.

A própria volta de Ricardinho, que ao menos fisicamente parece longe de sua melhor forma, parece traduzir uma certa falta de opção de Bernardinho.

Já no feminino, a própria necessidade de jogar o Pré-Olímpico continental, depois de não conseguir a vaga na Copa do Mundo, onde se classificavam as três melhores seleções, é um sinal concreto de preocupação, até porque, também no feminino, ainda não conseguimos encontrar uma levantadora que mantenha o padrão de qualidade estabelecido por Fernanda Venturini e Fofão.

Embora não tenha acompanhado de perto, os maus resultados de Cesar Cielo, noticiados a partir de um recente evento na Itália deixam uma pulga atrás da orelha da torcida que irá para o Parque Aquático de Londres atrás de uma medalha que parecia certa, mas que é cada vez mais ameaçada por um certo australiano de nome sueco...

Outro nome de grande destaque em qualquer aposta para medalha brasileira nos Jogos, Diego Hipólito, passou muito tempo, inclusive muito recentemente, no "estaleiro", recuperando-se de múltiplas contusões, o que deixa naturais dúvidas sobre suas possibilidades na competição em solo britânico.

Por fim, a apatia de Ganso nos últimos jogos e as dificuldades que se abatem sobre Neymar cada vez que a marcação é feita de forma minimamente decente eliminam a vantagem que sempre foi apontada em favor da Seleção de Futebol na competição olímpica. Isto sem contar a incapacidade renitente do time de Mano Menezes vencer um time de primeira linha do ranking mundial.

Como se vê, nossas cinco maiores esperanças de medalha vão para Londres sob desconfiança. Está aceso o alerta para nossa delegação olímpica.

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