sexta-feira, 10 de agosto de 2012

FELIZ EM QUEIMAR A LÍNGUA

Quando os Jogos estavam para começar, escrevi aqui que o bronze já estaria de bom tamanho para o Vôlei Masculino. Não bastasse tanto, no meu último post afirmei que, das melhores chances do Brasil para ganhar medalha nos últimos dias de competição, as meninas do Vôlei de quadra estavam na pior situação, havendo poucas chances de superar as russas.

Pois bem, depois da atuação espetacular de hoje e das emoções sem fim das quartas-de-final contra Gamova & Cia., venho a público dizer que nunca fiquei tão feliz em queimar a língua.

E o faço sinceramente, pois sou torcedor do vôlei desde o início dos anos 80, quando o Brasil foi vice-campeão mundial e olímpico (1982 e 1984); vi na minha pequena Philco preto e branco os jogadores secando o chão e instalando carpetes na quadra construída no meio do Estádio do Maracanã, para o maior público de um jogo de vôlei da história (95.000 pessoas); sofri ao vivo na semi-final do Mundial de 1986 em Paris, quando o Brasil perdeu para o sensacional time dos EUA.

Portanto, não poderia estar mais feliz de ter assistido os dois passeios que foram as semi-finais das duas equipes brasileiras, que com suas últimas atuações fazem jus ao coro que a torcida verde-amarela vem fazendo ecoar no Earls Court: "O campeão voltou".

As americanas continuam superfavoritas para amanhã, mas dá para acreditar. O time está vibrando muito e muito concentrado. Se continuarmos defendendo como estamos e o ataque continuar na evolução que vem demonstrando, vai ter jogo.

No masculino, apesar do 3x0 aplicado nos russos na primeira fase, aprendi, desde cedo, a respeitar o time que herdou a imensa tradição dos vermelhos que produziram alguns dos maiores jogadores da história. Mas o problema é que o time do Bernardinho voltou a ficar com sangue nos olhos. E aí, complica para o resto do Mundo...

Fecho aqui, na esperança de continuar com o gosto de pimenta na boca...

Nenhum comentário: