domingo, 11 de julho de 2010

INEDITISMOS NA FINAL: VANTAGEM DA HOLANDA?

Na Copa que expandiu um pouco mais as fronteiras do futebol, alcançando a África, temos uma final com vários traços de ineditismo.

Primeiro - e mais importante -, teremos um novo membro no clube dos campeões mundiais. Espanha e Holanda são seleções de tradição, mas nunca puseram as mãos numa Copa do Mundo.

Segundo, nunca uma seleção europeia venceu um mundial fora de seu próprio continente.

Terceiro, vale uma recapitulação: nos 80 anos de história das Copas, todas as finais contaram com pelo menos um de quatro gigantes do futebol: Brasil, Itália, Alemanha ou Argentina. O mais impressionante: todos fizeram seu début até 1954 (Argentina, vice em 1930; Itália, bicampeã em 34 e 38; Brasil, vice em 1950; e Alemanha, campeã em 1954). Em outras palavras, há 56 anos não há um Mundial que não tenha um destes mitos na final.

Considerando a tradição que sempre acaba se impondo nas Copas do Mundo, vejo uma certa vantagem - um tanto "mística", é verdade - para a Holanda. Se não, vejamos: embora nenhuma das duas seleções tenha uma estrela sobre seu escudo, a Holanda já chegou perto por duas vezes, enquanto que a Fúria (agora, finalmente sem aspas) teve seu melhor resultado no longínquo ano de 1950, com um quarto lugar.

Embora ambas as finalistas sejam de fora do continente africano, a África do Sul não é um território estranho para os holandeses, que colonizaram aquele país. Aliás, este pormenor pode ser outro aspecto positivo sob o ponto de vista da superstição: nas duas finais que perdeu, a seleção laranja enfrentou os donos da casa (Alemanha em 74 e Argentina em 78). Hoje, eles jogam mais ou menos em casa...

Por fim, se é para admitir um sócio novo naquele restritíssimo grupo de todos os participantes da final, a Holanda já fez um "estágio"...

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