quinta-feira, 21 de julho de 2011

MEIA-VOLTA, VOLVER.

Tudo bem, estamos passando o rodo no quadro de medalhas dos Jogos Mundiais Militares, mas a participação do Brasil me parece meio - bastante - artificial.

Enchemos as Forças Armadas (FFAA's) de atletas como militares temporários e produzimos uma equipe falsamente forte.

Falsamente forte porque as FFAA's brasileiras não têm a tradição de preparar atletas sistematicamente. Tirando modalidades bem específicas como o tiro e o hipismo, é difícil vermos atletas oriundos do meio militar (muito embora João do Pulo fosse militar do Exército quando bateu o recorde mundial do salto triplo; nosso primeiro campeão olímpico tenha sido o Tenente Guilherme Paraense e, mais recentemente, o judoca peso-pesado João Gabriel Schlittler também seja integrante das fileiras verde-olivas).

Falsamente também porque nunca tivemos como política integrar atletas às FFAA's como meio de prover-lhes uma fonte de renda estável - e agora tal expediente me parece desnecessário com a quantidade já expressiva de incentivos esportivos nas três esferas federativas - e integrá-los a um programa de preparação física específico para o meio militar.

Desta forma, ou estabelecemos um padrão sistemático de relação entre esporte de alto rendimento e as FFAA's - e já há plataformas para isto, como, por exemplo, a excelência provida pela Escola de Educação Física do Exército -, ou deixamos de lado este capricho de alistarmos atletas só para fazer bonito em competições internacionais.

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