sábado, 12 de fevereiro de 2011

PENSANDO ALTO: Um Pequeno Exemplo de Como Aumentar a Dimensão de um Evento Esportivo

Encerrei meu post anterior com a indagação sobre se conseguiríamos fazer algo igual, ou reformulando, ao menos parecido com o que se faz na NFL e demais ligas esportivas americanas, ou mesmo na UEFA Champions League, onde o próprio tema musical da competição já tenta inspirar o mesmo clima épico que eleva a estatura de qualquer peça de divulgação da liga norteamericana de futebol (o da bola oval).

Pois bem, faço aqui um exercício de como poderíamos vender o Campeonato Brasileiro, não só para o público interno, mas para o exterior. Não sou marqueteiro ou publicitário, mas eu, como amante do esporte, ficaria curioso para assitir a seguinte competição:

Do maior celeiro de craques da história mundial (imagens de jogadores campeões mundiais pela seleção brasileira - o gol de Pelé contra a Suécia em 58; um drible de Garrincha sobre um "João" qualquer; o gol de Jairzinho contra, salvo engano, a Tchecoslováquia em 70, aquele da matada no peito; a comemoração do "embala nenê" de Bebeto, Romário e Mazinho em 94; a perseguição a Denílson por quatro turcos em 2002 e o segundo gol de Ronaldo contra Alemanha na final da mesma Copa - seguidas por imagens dos melhores jogadores brasileiros em atividade na Europa: Kaká, Robinho, Pato, Hernanes, Anderson, Júlio César), vem o campeonato mais disputado do planeta (imagens de lances de efeito dos jogos anteriores, especialmente com jogadores conhecidos no exterior). Vinte clubes. Uma taça. Inúmeras emoções.

O clube mais vitorioso da história do Brasil. Três títulos mundiais, seis campeonatos nacionais. O clube que revelou Careca, Raí, Cafu e Kaká para o mundo, agora liderado pelo maior goleiro-artilheiro da história, Rogério Ceni, e pelo maestro da seleção campeã mundial em 2002, Rivaldo. SÃO PAULO

A maior torcida do Mundo. Campeão do mundo em 1981. Seis títulos nacionais. O time treinado pelo técnico que mais vezes conquistou o Brasileirão vê uma lenda

(imagem de Zico) passar seu manto sagrado para outra (imagem de Ronaldinho Gaúcho). FLAMENGO

O clube que bateu o mágico Barcelona de 2005 na final do Mundial Interclubes. Duas Copas Libertadores, três títulos nacionais. A casa de Falcão, Dunga, Taffarel e Alexandre Pato, agora conduzida por D'Alessandro e Rafael Sóbis. INTERNACIONAL

Dois títulos mundiais e oito nacionais. O clube de Pelé e Robinho agora saúda novos artistas da bola: Neymar e Ganso. SANTOS

O clube mais aristocrático do Brasil. Com três títulos, o atual campeão brasileiro. Treinado pelo único técnico a ganhar três vezes seguidas a competição
(imagem de Muricy Ramalho) entra em campo um elenco estelar: Fred, Belleti, Conca e Deco. FLUMINENSE

A camisa azul que revelou Tostão e Ronaldo para o mundo. Vencedor de duas Copas Libertadores. O time que conta com outro maestro argentino, Montillo. CRUZEIRO

O maior clube de colônia portuguesa do Brasil e o primeiro a admitir um jogador negro em suas fileiras. Vencedor de uma Liberadores e quatro campeonatos brasileiros. O berço de Romário, hoje guardado por uma verdadeira muralha, Fernando Prass. VASCO DA GAMA

Brasileiros que torcem como argentinos: a torcida mais fiel do país. O clube que revelou Rivellino e Sócrates. Campeão mundial de clubes em 2000. Quatro títulos nacionais. Liderado por Ronaldo e Liédson. CORINTHIANS

O orgulho dos bravos gaúchos. Vencedor de duas Copas Libertadores e dois títulos nacionais. O herói do título mundial de 1983
(imagem de um gol de Renato contra o Hamburgo na final interclubes) volta a casa para comandar o time em mais um desafio. GRÊMIO

Um clube em busca de suas glórias passadas. Casa de Cerezo e Gilberto Silva. Um time de primeira, sob a condução de um campeão mundial, Ricardinho, e de um artilheiro nato, Diego Tardelli. ATLÉTICO MINEIRO

Uma academia de jogar futebol. O maior clube de colônia italiana do Brasil. Oito vezes campeão nacional. Campeão da Libertadores de 99. Treinado por um técnico de categoria internacional
(imagem de Luís Felipe Scolari) e baseado no talento de Marcos e do mago Valdívia. PALMEIRAS

O maior rival do magnífico Santos dos anos 60. Um rol de lendas vestidas em preto e branco: Garrincha, Nilton Santos, Jairzinho. Uma estrela solitária conduzida por um uruguaio singular: Sebastian Loco Abreu. BOTAFOGO

E então? Conseguiu imaginar as imagens se descortinando na TV? Será que um produto deste teria dificuldade de bater campeonatos que se resumem a dois clubes e uma porção de coadjuvantes?

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