domingo, 9 de agosto de 2009

Stock Cargh!


Primeiramente, gostaria de deixar claro aqui que respeito muito o trabalho de todos os profissionais envolvidos no GP Bahia da Stock Car, a "primeira prova em circuito de rua da principal categoria do automobilismo brasileiro". Isso inclui a beldade da foto, colocada apenas para dar mais leveza ao post e mostrar claramente que nem sempre uma boa propaganda revela a qualidade do produto anunciado e vice-versa.

Para quem não concorda com a ideia do título, fazer o quê? Questão de gosto! Se já não aprecio como esporte a Fórmula 1, mesmo sendo criado na época que Piquet, Senna e Prost disputavam posições nas pistas, o que dizer do que aconteceu na "primeira prova em circuito de rua da principal categoria do automobilismo brasileiro", neste domingo em Salvador?

Como bem sabem quase toda a dezena de leitores assíduos deste blog (esse passa a ser o número oficial de audiência depois que instalei o Google Analytics por aqui), estou na capital baiana, palco da prova "primeira prova em circuito de rua da principal categoria do automobilismo brasileiro". Das minhas impressões morando na cidade que recebeu pela primeira vez a disputa, tenho a dizer o seguinte: a Stock Car ficou parecendo uma corrida de carros sem graça cercada por propaganda de todos os lados. Muito marketing para pouco conteúdo. Tudo bem que as ações promocionais mostram a extrema competência dos organizadores e patrocinadores em tirar o máximo de proveito da imagem do produto. Mas falta de substância tem limite.




O que se viu antes da prova? Muita propaganda oficial, municipal e estadual, naquela disputa pública tipicamente brasileira entre governador e prefeito (no caso, Jaques Wagner e João Henrique), bancada com o nosso dinheiro, para ver quem é o responsável pela "primeira prova em circuito de rua da principal categoria do automobilismo brasileiro".

A organização do evento foi boa? De certa forma, sim. Festeiros por natureza e carentes de grandes espetáculos, esportivos e artísticos (tirando o carnaval, obviamente), os baianos esgotaram a primeira carga de ingressos em 48 horas e não tiveram muito do que reclamar em relação à estrutura montada na "primeiro prova em circuito de rua da principal categoria do automobilismo brasileiro".

E a corrida? Num circuito mal planejado, onde uma chicane teve que ser refeita na madrugada da prova, ninguém se arriscou em ultrapassagens e o filho do Galvão Bueno ganhou sem ter feito qualquer manobra mais ousada, apenas se beneficiando de quebras de quem estava a sua frente para conduzir o carro até a bandeirada final. Isso, sem completar o total de voltas previstas, já que o tempo máximo do GP estourou (?!). Diriam alguns que é natural, pois se tratava da "primeiro prova em circuito de rua da principal categoria do automobilismo brasileiro". Mas fica parecendo corrida de carros sem graça cercada de propaganda por todos os lados.

Gostar disso? Não, obrigado. Só achei legal mesmo quando o capô do Antonio Pizzonia voou pelos ares, dando um pouco de emoção à procissão de carros na "primeira prova em circuito de rua da principal categoria do automobilismo brasileiro".

Um comentário:

mkt com fritas disse...

otimo post, visao privilegiada do evento. show. abs