quinta-feira, 11 de agosto de 2011

UNIVERSIDADE, O CAMINHO PARA O ESPORTE BRASILEIRO

Leio esta semana na Veja Rio notícia sobre projeto da Unversidade Gama Filho, que se junta ao Botafogo para explorar as instalações de atletismo do Engenhão e busca formar atletas de alto rendimento.

Não vejo caminho para que o Brasil se torne uma potência olímpica que não passe pela universidade. Todo esporte, para se desenvolver, precisa de público. É a sua audiência que estimulará os atletas e atrairá patrocinadores. Não estou falando de números milionários como os do futebol, mas de uma base estável de espectadores e praticantes amadores, de onde se formará a quantidade da qual se extrairá a qualidade.

A baixa confiabilidade dos clubes e a transitoriedade natural do interesse de empresas no esporte deixa um claro enorme, a ser preenchido por um grupo de instituições permanentes que consigam desenvolver laços afetivos com os espectadores.

Está aí criado o cenário em que se desenvolverá o esporte universitário, aproximando o alto rendimento do esporte educacional, que é a vertente privilegiada pelos recursos públicos previstos na Lei Pelé e permite replicar o modelo de inquestionável sucesso dos Estados Unidos.

Além de criar times num ambiente cercado pelo público de grande potencial de consumo (jovens no final da adolescência e no início da idade adulta, com boas perspectivas de ascensão sócio-econômica pela passagem nos bancos universitários), tal solução ainda pode angariar o apoio dos ex-alunos, criando uma rivalidade sadia entre as equipes e suas respectivas torcidas, além de estabelecer uma identidade mais definida das equipes dos diversos esportes olímpicos.

Estão aí os Jogos Jurídicos, disputados entre as Faculdades de Direito do país, que já criam uma tradição entre os alunos e são um excelente exemplo de como potencializar a relação entre esporte e universidade.

O que falta para implementarmos esta ideia irresistível?

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