quinta-feira, 28 de julho de 2011

SOU MAIS SANTOS

Embora muito alegre com a vitória época do meu Mengão, vi um Santos que poderia ter ganho o jogo a qualquer momento, com muito mais segurança que o Flamengo.

Mais do que isto, o que é aquele meio-campo? Arouca, Ibson, Elano e Ganso. Se este último recuperar a forma e o Neymar ficar até o fim do ano, estou aceitando apostas contra o Barcelona.

FÉ NO ESPORTE

Noite interessante que tive hoje. Voltei tarde do trabalho e, ao sair da estação do metrô, já vi a arcoirizada comemorando o primeiro gol do Santos. Cheguei em casa, liguei a TV, mais alguns instantes e... 2x0. Fui arrumar um sanduíche na cozinha, depois de ter xingado um bocado o Deivid...e minha mulher me chama, não sem alguma ironia na voz: "Nando, gol". 3x0.

Ela propõe pelos um DVD para vermos, eu quase sucumbo, mas a consciência cívica prevalece. E logo foi premiada: o goleirinho do Santos falha, e R10 não é o Deivid: 3x1.

Pouco depois, jogada quase igual pela direita, e como pelo alto não dá para o Thiago Neves prender a bola, fica 3x2 o placar.

Agora dá!

Não. Williams faz pênalti em Neymar. Elano vai para bater. Ele é bom jogador, a cobrança na arquibancada na Copa América foi um acidente. A reação do Flamengo acaba ali...

Mas eis a cavadinha. Parece até que não é atleta do Murici: "a bola pune". Puniu mesmo. Além de aturar o Felipe fazendo embaixadinha, ainda toma um gol do Deivid, que já tinha queimado minha língua no segundo gol, com seu otimo passe para o Leo Moura.

O jogo para, volta, e o Neymar continua me causando infartos cada vez que recebe a bola mano a mano com o zagueiro, para rapidamente por o Santos na frente de novo. Mas aí o R10 resolve jogar, bate falta, recebe bola no contra-ataque e faz o que se espera dele: 5x4, e um dos melhores jogos dois últimos anos. Partida de antologia.

Nestas horas eu lembro porque gosto de esporte.

Obviamente, o resto da noite foi catando as matérias sobre o jogo. No meio do périplo pelos noticiários esportivos, vejo matérias sobre a preparação do COB para os Jogos de 2012. A previsão é repetir algo parecido com as 15 medalhas de Pequim 2008. Pelo jeitão da coisa, acho até que vai dar mais do que isso, mas talvez seja só empolgação de rubronegro que passou a acreditar no impossível...

sexta-feira, 22 de julho de 2011

ESPETACULAR

Este foi um dos times que marcaram minha infância futebolística. Junto com o Flamengo de 79/83, foi o culpado por eu ser uma pessoa tão mal acostumada no que diz respeito a futebol bem jogado.

Convido todos a se deliciarem com os gols e verem o quanto aquela Seleção merece todos os discursos apaixonados e admirados que até hoje se fazem sobre ela.

Link para o Youtube: http://youtu.be/zZxvYy5-ekI

quinta-feira, 21 de julho de 2011

MAU CARÁTER

Depois de tentar enrolar Palmeiras e Flamengo atrás de um aumentinho de salário (só a Diretoria do Rubronegro não viu isto...), Kléber mostrou hoje sua verdadeira face: mau caráter.

Não bastasse ser expulso quase que jogo sim outro também, o pseudogladiador alviverde protagonizou uma jogada de moleque, no pior sentido da palavra. Sem qualquer espírito esportivo, merecia ter tomado uma porrada no meio da fuça, para deixar de bancar o esperto.

Graças a Deus não veio para o Flamengo.

ANTES QUE SEJA TARDE

Acabei de ver o Paraguai ganhar outra nos pênaltis. Iria escrever logo após o jogo do Brasil no fim de semana, mas a Seleção (ou seria, como diria o outro, a Selecinha?) não me deu ânimo sequer de bater nela.

Não dá ânimo nem de falar mal porque o time é um verdadeiro amontoado, sem qualquer padrão de jogo.

Tomara que eu morda a língua, mas o Mano Menezes não me parece ter estofo suficiente para treinar a Seleção. Desde que ele entrou, só ganhamos metade dos jogos (o que para o Brasil é um desempenho sofrível), com o agravante de que não vencemos nenhum time decente, só babas.

Disse o Mano que o time brasileiro não chegará a Copa cambaleando. Será?

MEIA-VOLTA, VOLVER.

Tudo bem, estamos passando o rodo no quadro de medalhas dos Jogos Mundiais Militares, mas a participação do Brasil me parece meio - bastante - artificial.

Enchemos as Forças Armadas (FFAA's) de atletas como militares temporários e produzimos uma equipe falsamente forte.

Falsamente forte porque as FFAA's brasileiras não têm a tradição de preparar atletas sistematicamente. Tirando modalidades bem específicas como o tiro e o hipismo, é difícil vermos atletas oriundos do meio militar (muito embora João do Pulo fosse militar do Exército quando bateu o recorde mundial do salto triplo; nosso primeiro campeão olímpico tenha sido o Tenente Guilherme Paraense e, mais recentemente, o judoca peso-pesado João Gabriel Schlittler também seja integrante das fileiras verde-olivas).

Falsamente também porque nunca tivemos como política integrar atletas às FFAA's como meio de prover-lhes uma fonte de renda estável - e agora tal expediente me parece desnecessário com a quantidade já expressiva de incentivos esportivos nas três esferas federativas - e integrá-los a um programa de preparação física específico para o meio militar.

Desta forma, ou estabelecemos um padrão sistemático de relação entre esporte de alto rendimento e as FFAA's - e já há plataformas para isto, como, por exemplo, a excelência provida pela Escola de Educação Física do Exército -, ou deixamos de lado este capricho de alistarmos atletas só para fazer bonito em competições internacionais.

terça-feira, 12 de julho de 2011

FRASE LAPIDAR

Para não deixar o blog parado, um postzinho rápido. Vendo o Seleção Sportv agora, ouvi frase lapidar do Lúcio, zagueirão do escrete canarinho: "Na Seleção, o nome que vem na frente da camisa e mais importante que aquele está atrás."

Serve para uma porção de gente, dentro e fora do futebol. E ainda mais fora do esporte.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

O REINO DO MAU HUMOR

Há muito tempo sem postar, volto para um breve comentário: estava zapeando minha TV, quando passei pelo Sportcenter, da ESPN Brasil. Ouvi o seguinte final de frase: "país do futebol, legal. Mas eu preferiria que fôssemos o país de todos os esportes. Do basquete, como já fomos; do vôlei, com campeonatos de casa cheia; do judô..."

Concordo que temos que ter visão crítica - e minha passagem pela Secretaria de Esporte e Lazer reforçou esta percepção -, e a ESPN Brasil desempenha em parte este papel. Mas exagera na dose. Sinceramente, lembra o PT na época do FHC: "quanto pior, melhor".

Até hoje tenho na memória a cara de desgosto do Paulo Calçade logo após o anúncio da vitória da candidatura olímpica do Rio de Janeiro. Pior do que isto, só a mesa redonda da Band depois da final do Tetra, em 1994.

Desde quando somos só o país do futebol? É evidente que a modalidade tem uma preponderância enorme, mas o próprio discurso do Antero Greco (era ele a falar quando eu vi o programa) desmonta a si prórpio.

Se efetivamente não somos o país do basquete, pois até mesmo nossos atletas não acreditam nas nossas possibilidades (mas espinafrar Leandrinho e Nenê fica para depois), o vôlei há muito é exemplo de gestão esportiva eficiente e começou, nos últimos dois anos, a popularizar a Superliga, completando o "quadradinho" que faltava para constituir-se numa opção viável de produto esportivo (eu mesmo já falei aqui da significativa assistência do final do torneio masculino deste ano).

O Judô vem consistentemente ganhando medalhas olímpicas desde 1984, já é o segundo esporte que mais láureas trouxe dos Jogos para o país. Há pouquíssimo tempo tivemos um evento de primeira linha, que já se repete anualmente, o Grand Slam, seguido logo após de uma etapa da Copa do Mundo.

Isto para não falar da natação e da ginástica artística, que começam a criar uma massa crítica que permitirá a passagem de bastão de uma geração para outra, como aconteceu com o vôlei.

Estamos longe de sermos uma potência olímpica. Com certeza. Mas também já deixamos para trás a monocultura esportiva, que só o mau humor da ESPN Brasil consegue ver...