sexta-feira, 31 de julho de 2009

CRAQUES NA ACADEMIA

Tomando emprestado o bom momento do Palmeiras no Brasileirão, valho-me da figura que habitualmente designa o Palestra paulistano, para anunciar um importante momento de fusão entre o esporte e o mundo da Academia.

Capitaneado por um rubronegro de excelente cepa, meu caro amigo Marcos Juruena, um time formado por craques envergará a camisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) na promoção de um curso de extensão universitária inédito no país, que versará, a partir de setembro de 2009, sobre Direito Administrativo Desportivo.

Diante das perspectivas econômicas geradas pela organização já confirmada da Copa do Mundo de Futebol em 2014, pela candidatura olímpica do Rio aos Jogos de 2016 e pela ebulição que toma o mercado esportivo nos últimos anos - e que certamente aumentará com a proximidade desses mega-eventos -, a Escola de Direito da FGV do Rio de Janeiro, reafirmando seu compromisso com a modernidade, promove um ciclo de estudos que debaterá as principais questões envolvendo esporte, negócios e Administração Pública.

Registrando que este escriba foi honrado com o convite para participar desse escrete, deixo o link para informações mais detalhadas sobre o curso: http://www.direitorio.fgv.br/view_pub.asp?section_id=90&sub_section=&category_id=&id=485

quinta-feira, 30 de julho de 2009

O TROMBA NO OLHO DO FURACÃO.

Finalmente, o blog começa a esquentar. Agradeço a participação do André, que tocado nos seus brios alvinegros e exercendo o talento botafoguense para o debate, questiona os comentários do Animalzinho (afinal, se a alcunha serve em família para os dois, algo deve nos destacar: neste caso, sendo nosso pai militar, vale a máxima "antiguidade é posto" e ele fica com o diminutivo porque é o mais novo) sobre o Andrade.

Embora a resposta do Felipe na lista de comentários já fosse suficiente para veicular a réplica, vou estender o assunto. Em primeiro lugar, vou repetir a recomendação que já fiz na lista de discussão dos peladeiros da Procuradoria do Estado do Rio de Janeiro, instituição em que tenho a honra de trabalhar com o André: lave a boca com sabão para falar do Zico, até porque ele é um atleta que sempre gostou muito de vo-6.

Mas a relativização que o André fez é pertinente, embora esqueça que o Tromba foi integrante daquela que, na minha opinião, foi a melhor seleção olímpica de futebol que o Brasil já teve: em 1988, com a 19 nas costas, Andrade foi o titular da equipe vice-campeã nos Jogos de Seul.

Tirando isto, o comandante ainda interino do Flamengo teve o azar de ser contemporâneo de Falcão e Cerezo (o que não justificaria, no entanto, convocar o Batista no seu lugar para o banco de suplentes que foi à Copa da Espanha, em 1982). Em 1986, o Flamengo estava começando a se remontar depois de dois anos ruins (1984 e 1985). Já em 90, sua carreira começava a declinar.

O mesmo ceticismo que inspira a análise do caro "Catanha" (que é craque de bola, posso atestar uma partida antológica em que marcou um golaço de falta e outro de bicicleta) é o ponto de partida para meu comentário para o recém-terminado jogo do Flamengo com o Atlético Mineiro. A torcida rubronegra, volúvel que só ela, já começa a gritar para que o Andrade fique.

Meu conselho é: calma. O time parece realmente estar jogando melhor. Não vi o jogo do Santos, mas hoje o Flamengo se impôs no ataque e se aproveitou de uma partida horrorosa do Galo (aliás, o Celso Roth vai começar a entregar mais cedo o campeonato este ano?). Entretanto, vi um sistema defensivo muito frouxo e um meio-campo que continua perder bolas idiotas na saída para o ataque. O time tem um elenco que não deixa nada a dever aos demais clubes do Brasileirão, mas o técnico tem que ter experiência e sensibilidade para conseguir aproveitar todas as variações e administrar as diversas vaidades que sempre surgem no plantel.

O ex-camisa 6 (e agora lembro que foi ele que marcou o sexto gol da revanche sobre o Botafogo em 1981, talvez daí venha a mágoa no coração do Catanha), visivelmente tímido, retraído e discreto ao extremo, teria capacidade de se impor no caldeirão que é a Gávea.

Até torço para que sim, o que não seria uma surpresa para um jogador que por tanto tempo se firmou como uma âncora num time superestelar como era o Flamengo dos anos 80.

AVE CÉSAR!

Apesar do título óbvio diante da conquista de César Cielo no Mundial de Esportes Aquáticos em Roma, a matéria do Jornal Nacional encerrou com uma grande constatação. Nenhuma cidade seria mais adequada para o que o "Cesão" fez hoje, ou seja, para entrar para a História do esporte como o primeiro homem que nadou os 100m em menos de 47 segundos, nada melhor do que fazê-lo na Cidade Eterna.

Agora posso pecar pela imprecisão histórica, mas a homonímia do nosso velocista aquático remete à famosíssima frase "Vim, vi e venci", que parece ser o lema que move Cielo desde os Jogos de 2008.

O que impressiona em Cielo é a determinação com que ele busca a vitória e a segurança que ele incute nele mesmo. A entrevista concedida por ele na véspera da final deixa isto bem claro: em certo ponto ele fala, textualmente, "porque amanhã eu vou ganhar".

Eis um atleta que não tem medo de assumir o favoritismo e demonstra toda a sua concentração, todo o foco na vitória. Se ela não vier, azar, houve um atleta melhor. Mas no que depender do César, o 1 vai sempre estar ao lado do seu nome após a batida na borda.

Esta certeza da vitória é a matéria de que são feitos os homens que escrevem a História, em qualquer área: da política com o César de mais de 2000 anos atrás, ou do esporte, com o César de hoje.

Soluções para a seleção

Quer dizer que o Animal (para quem não sabe, é assim que os irmãos Barbalho Martins se chamam carinhosamente) acha que Kléber e Souza não têm capacidade para serem convocados para a Seleção, mas Diego Souza e Williams têm? Ora, o meia do Palmeiras é tão ou mais desequilibrado que o atacante do Cruzeiro. E o cabeça-de-área do Flamengo não faz nada muito além de roubar bolas (digo isso sem qualquer menosprezo à arte que Dunga e eu dominamos um dia e é tão importante para um time hoje em dia).

Citei Kléber e Souza porque são dois jogadores com personalidade, o que falta à Seleção Brasileira hoje em dia. Não nos enganemos com as conquistas da Copa América e das Confederações. Em ambas as competições, a equipe teve péssimas atuações e só mandou bem nos clássicos, contra Argentina, na final do torneio sul-americano, e diante da Itália, nas semifinais na África do Sul.

Alguns poderiam argumentar que isso mostra um time com personalidade para encarar os grandes. É, pode ser. Mas, tirando Lúcio, o louco, ninguém dali me inspira confiança nesse quesito.

Enfim, acho que já gastamos vela demais com defunto barato. Como é notório e bem disse o Nando, o Dunga já fechou o grupo praticamente. Concordo com algumas ideias do Animal sobre opções para outros setores. Fábio e Marcos deveriam ser os reservas do Júlio César mesmo, Thiago Silva tem caixa para barrar Miranda ou Luisão, Gilberto Silva e Josué já eram e Adriano tem tudo para voltar. Mas, dificilmente, vai ter mudança radical até a Copa, a não ser por contusão ou péssima fase. E, de mais a mais, é só um amistoso xexelento contra a Estônia...

quarta-feira, 29 de julho de 2009

REMONTANDO O ESQUADRÃO

Eis um post que, apesar do atraso, não chega tarde demais. Ao contrário do Felipe, que é Futebol F.C., eu passeio mais pelas demais modalidades (até mesmo porque meu desempenho atlético, em geral e no futebol em particular, é sofrível, o que me abre um grande campo para "brincar" na teoria).

Diante disto, não posso deixar de comentar a conquista da Liga Mundial pela Seleção de Vôlei Masculino. Trata-se de um resultado além do que seria esperado pelo torcedor mais otimista. Bernardinho reformou grande parte do time e ainda assim retomou o padrão de qualidade - e de superioridade sobre os adversários - anterior às finais da Liga de 2008.

E a renovação vem com vantagens: os novos titulares (Vissotto, Lucas e Sidão) são muito mais altos, aproximando a média da Seleção dos times europeus conhecidos pelo poderio físico (russos e eslavos em geral, holandeses e os esporádicos times nórdicos).

Além disso, Murilo apresenta cada vez mais solidez no seu jogo, aparecendo como o sucessor natural de Giba, que, por sinal, continua jogando no nível espetacular com que vem brindando a torcida brasileira e o mundo do vôlei na última década.

O mais impressionante é a segurança que se pode ter nos times do Bernardinho: o Brasil perdia por 8 a 4 no tie break e eu tinha a nítida impressão que a Seleção arranjaria um jeito de reverter o placar, como efetivamente o fez. A certeza que sempre se pode ter, como já disse neste blog após a final dos Jogos de Pequim, é que a equipe brasileira de Vôlei sempre deixará, como diz o seu próprio técnico, a útlima gota de suor na quadra. Se perder, era porque o outro time era melhor.

Como há pouca gente que treina e se prepara tanto como nós (há muitos anos), as chances de alguém ser tão bom assim continuam reduzidas. Bom para nós.

ALTERNATIVAS PARA A AMARELINHA (Ou Trocando Bola 2 - Tirando o Atraso na Postagem)

Aproveitando a discussão levantada pelo Felipe, faço minhas considerações sobre alternativas à convocação do Dunga, levando a discussão para o longo prazo, já antecipando as opções do técnico para a Copa de 2010 (embora saiba que muita coisa possa acontecer até lá).

Primeiro, as discordâncias: Kleber e Souza na Seleção? Nem pensar. Souza (o do Grêmio, esclarecendo para quem não leu o post do Felipe) é um presepeiro, desde sempre. Trata-se de um jogador razoavelmente eficiente, mas que visivelmente não tem estatura para jogar na seleção. Gosta muito de provocar a torcida e os jogadores adversários, mas não me parece um jogador capaz de decidir um jogo.

O Kleber (do Cruzeiro, também tirando eventual dúvida de quem não leu o post) é um jogador extremamente instável, que não conseguiu resolver a parada para o Cruzeiro quando foi necessário. Além de tudo, na posição temos pencas de opções, como veremos abaixo.

Mais uma vez citando Jack o Estripador, vamos por partes:

Goleiros: para sentar no banco para o melhor goleiro do mundo (made in Gávea), gostaria de ver o Fábio, do Cruzeiro, que está numa fase esplendorosa, e o Marcos, do Palmeiras, que voltou a agarrar bem e seria uma ótima referência para o grupo.

Laterais: na direita estamos resolvidos, embora ainda não confie integralmente no Daniel Alves, mas também não tem ninguém melhor. Já na esquerda, nossa indigência é notória. Já gostei da reconvocação do Marcelo, ex-Fluminense, atualmente no Real Madrid. Acho que o André Santos não rendeu o que poderia na Copa das Confederações. Pelos comentários (já que não vi jogos dele), valia experimentar o Fábio Aurélio, do Liverpool .

Zagueiros: hoje ainda não é possível cogitar-se de sua convocação, pois não está jogando, mas alguém vai ter que sair para dar vaga ao Thiago Silva, hoje no Milan.

Volantes: os atuais "primeiros homens de meio-campo" (leia-se cabeças de área) não me agradam. Gilberto Silva esqueceu do futebol que o levou à Copa de 2002 e nem marcar direito consegue mais: quase toda dividida acaba em falta contra o Brasil. Josué teve uma boa fase no São Paulo, até foi campeão alemão pelo Wolfsburg, mas é tão expressivo quanto um abajur apagado. Sem qualquer chauvinismo rubronegro, Williams, apesar de um certo afobamento, merecia uma chance. E para esvaziar um pouco minhas críticas, não consigo achar outro nome para propor para esta posição.

Meio-Campo: para as demais três posições do meio-campo, acho que Diego Silva, do Palmeiras, mereceria uma chance. Ronaldinho Gaúcho, para voltar, terá que comer a bola no Milan, o que parece meio difícil, pela dificuldade que o Leonardo está tendo para montar o rossonero. Outro que merece uma observação, se confirmar a boa fase em que estava antes de ser vendido para o Spartak, é o Ibson.

Ataque: Pato é outro que está "pela bola sete". Já foi preterido nesta última convocação e não vem agradando na Seleção. Também terá que destruir no rubronegro milanês para ter outra chance. Nilmar também tem que mostrar mais do que o bom início do ano para se manter. Para o lugar dos dois, Diego Tardelli entrou na briga, mas vai ter que manter a regularidade para ter chance contra nomes mais expressivos como, por exemplo, Adriano, a quem Dunga rasgou grandes elogios em recente conversa com Milton Neves, reproduzida na Placar deste mês. Aliás, na corrida dos que tentam se recuperar (Ronaldinho Gaúcho, Adriano e Ronaldo), o centroavante do Flamengo parece estar em melhor posição: além de já ter sido chamado anteriormente, está recuperando a forma física de forma mais visível que Ronaldo, a quem não ajudam nada a recente lesão na mão e, mais do que isto, as reclamações a respeito do regime de concentração antes da final da Copa do Brasil.

Como se vê, objetividade não é comigo. Estudei Direito, não sei falar pouco. Mas este é o recado.

TROCANDO BOLA

Este post é só para dar as boas-vindas ao meu irmão, que demorou, mas chegou na bola lançada há algum tempo atrás...

Como se vê pela sua expressiva produção desde que começou a postar, trata-se, no jargão desportivo que inspira este blog, de indivíduo competente, cuja habilidade cibernética é significativamente maior do que a deste escriba (assim como os predicados futebolísticos, nos quais a distância entre nós é ainda mais longa - muito mais longa).

O blog já tinha ficado mais colorido e agora adere defintivamente à era multimídia. A leitura, tenho certeza, ficará muito mais divertida.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Opção caseira para a Seleção Brasileira

Dia de convocação da Seleção Brasileira é boa oportunidade para dar palpites. Deixo o meu.

Acho que Souza, do Grêmio, e Kléber, do Cruzeiro, deveriam ser testados. Ambos merecem pela personalidade dentro e fora de campo, coisa rara hoje em dia no futebol, e pela boa fase que atravessam.

Souza mais especificamente por causa de um trunfo que a Seleção Brasileira deve sempre ter na manga: um bom cobrador de faltas - estudos comprovam que muitos dos gols hoje em dia saem de jogadas iniciadas em bolas paradas. Não estou dizendo aqui que o meia do Grêmio é uma sumidade e tem um alto rendimento nesse fundamento. Mas simplesmente essa habilidade a mais, somada aos dois quesitos que expus no parágrafo acima, o põe à frente de dois ou três outros do mesmo setor presentes na lista.

Sim, já está no grupo Daniel Alves, cuja categoria e sorte no fundamento nos garantiu a classificação à final da Copa das Confederações. Mas é pouca opção para uma Seleção Brasileira.

E você, quem convocaria que não está na lista de hoje?

Antes de opinar pelos comentários abaixo, indico uma outra leitura, bem mais informativa, sobre o tema. É o post do amigo Marcelo Monteiro no blog Memória F. C. sobre jogadores que atuam no Brasil convocados para a Seleção.

Sorte ou azar?



Uma questão que sempre surge nesses tipos de acidentes escabrosos como os do meu xará da Fórmula 1 é se a vítima teve azar pelo infortúnio ou sorte porque os danos poderiam ser maiores.

Sou da turma do copo meio cheio.

No caso de Massa, prefiro acreditar que a maldita mola do carro de Barrichello poderia bater um pouco mais para baixo ou no meio do rosto dele... Menos mal do jeito que foi. Penso assim muito também porque sempre lembro de um amigo do meu irmão. O cara já teve uma doença grave, foi atropelado e caiu de avião, mas, sempre quando brincavam dizendo que aquilo era muito azar, a resposta dele é que tinha sorte por ter sobrevivido a tudo e estava ali, sorridente.

Por outro lado, já ouvi gente lembrando dos azares que Massa deu no ano passado, ao perder o título nos últimos segundos da disputa, e no atual campeonato, quando esbarrou num surpreendente início de temporada justamente quando poderia embalar.

E você, acha que Massa é azarado ou sortudo?

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Quase chorei

Susto e expectativa com Felipe Massa? Oitava conquista brasileira na Liga Mundial? Três gols do Obina no clássico Palmeiras x Corinthians? Primeira vitória do Mengão sobre o Santos na Vila Belmiro em jogos oficiais, justamente na milésima partida do Mais Querido no Campeonato Brasileiro? Não, nada disso me emocionou mais no fim de semana esportivo do que a entrevista do Andrade na TV Globo:



Sei que o jeito dele falar deve ter até provocado risadas em alguns torcedores mais cínicos e insensíveis de outros clubes, especialmente dos rivais do Rio. Mas não há como negar que o depoimento emociona mesmo pela autenticidade, coisa rara hoje em dia, tempos em que um mané qualquer compra camisa retrô e tira onda de apaixonado das antigas pelo clube. Vivemos uma era em que profissionalismo virou desculpa para falta de amor pelas instituições, no caso, times de futebol. Estou falando não só de jogador e técnico, mas de torcedor também. Ou muitas das organizadas ligam mesmo para os clubes? Estão muitas vezes mais a serviço de manobras políticas de dirigentes amadores, sem ligar para as consequências de algumas pressões que exercem.

Ao homenagear Zé Carlos com tanta emoção, Andrade, um dos melhores jogadores da história do Flamengo, lembrou a todos que nem só de grandes ídolos vivem os clubes. Quem é apaixonado por um time sabe muito bem que coadjuvantes competentes marcam época e são tão importantes quanto os grandes heróis das conquistas. O esquadrão da Copa União de 1987 fazia jus à máxima de que um grande time começa por um bom goleiro. Até hoje e acho que para sempre, quando vou brincar no gol e não deixo a bola entrar, solto o grito característico de rubro-negros de minha geração: Zé CAAAAAAAAAAAAARLOS!!!

Para finalizar, uma curiosidade que encontrei na internet enquanto buscava uma imagem para ilustrar este post (sim, porque comigo na área o blog não ficará apenas no texto, como vocês já devem ter reparado com o vídeo acima). Vejam quem está lado a lado na formação para a foto daquele timaço de 1987:

De primeira

Bom jogador que já provou dar conta do recado em temporadas passadas, mas que há algum tempo está sem espaço para mostrar sua qualidade. Um reforço adquirido depois que o campeonato já está em andamento. É assim que me sinto no campo das ideias sobre esporte e faço minha apresentação a quem frequenta este espaço cibernético e não me conhece bem, o que parece ser minoria entre a meia dúzia de leitores já contada pelo meu irmão em posts anteriores.

Bom, tal qual um técnico que chega num novo clube e altera escalação e esquema tático, fiz algumas modificações no layout do blog há umas duas ou três semanas (espero que tenham gostado). Por estar meio fora de forma, ainda não tinha dado tratos à bola, apesar de o Fernando já ter me lançado em profundidade há mais de um mês.

Pela ginga exibida acima, já deu para ver que o estilo do papai aqui (do Rafael) é diferente do Animal - para os que não sabem, é assim que se tratam carinhosamente os irmãos Barbalho Martins. Quatro anos mais novo, profissional do quanto mais direto e curto melhor em termos de texto, sensivelmente mais íntimo dos recursos multimídia e muito mais futebolístico, dentro e fora do campo, rolo a bola para nossa tabelinha.

É isso aí, ta-be-li-nha! E não estou dizendo a que farei com o Nando. Mas com vocês que nos honram com o tempo de visita neste blog. Não adianta muito eu tocar daqui se vocês não devolverem daí. Para fazermos vários gols virtuais, discordando, trocando ideias, reforçando opiniões e chegando a novas conclusões juntos, preciso que vocês apareçam para o jogo, descarregando pelos comentários abaixo de cada post toda a habilidade que tenham com as palavras. Nem que seja para vaiar ou pedir autógrafo.

Saudações!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

UMA TEMPORADA QUASE OLÍMPICA

Parei dois minutos para olhar a programação esportiva na TV e me dei conta de que estamos vivendo uma temporada quase que de Olimpíada: Copa América de Basquete, finais da Liga Mundial de Vôlei Mundial e logo em seguida começa o Grand Prix de Vôlei Feminino, Mundiais de Atletismo, de Esportes Aquáticos e de Vôlei de Praia, Circuito Mundial desta última modalidade, Copas do Mundo de Ginástica e de Judô e Grand Slam de Judô, que encerrará o ano com o Mundial em Roterdã, na Holanda.

Talvez seja o rescaldo da programação olímpica do ano passado, mas o fato é que estamos tendo a oportunidade de assistir (no meu caso, de perder as transmissões) vários de nossos atletas olímpicos em período distinto daquele dos Jogos Olímpicos e Panamericanos (com reforma ortográfica).

O Judô mostrou que vem mantendo sua posição mundial nas etapas do Grand Slam e da Copa do Mundo que ocorreram há pouco no Brasil. A própria realização de tais eventos no país, especialmente do Grand Slam, mostra a força de nossos atletas no cenário internacional.

O Vôlei de Praia se revela constante nos pódios, mas, confirmando o que se viu nos Jogos de 2008, não somos mais tão absolutos nas areias: perdemos as duas finais do Mundial (feminino e masculino) e no Circuito Mundial, nossa melhor dupla está tendo enormes dificuldades com a dupla alemã sensação da temporada.

A Natação estava indo a Roma sob a batuta do nosso mais recente herói olímpico, Cesar Cielo, que melhorou seu tempo nas Seletivas Americanas. Entretanto, já tivemos uma grata surpresa relativa com Poliana Okimoto, que na melhor tradição nipônica (nossa primeira medalha olímpica foi com Tetsuo Okamoto), conquistou a primeira medalha para uma nadadora brasileira em Mundiais.

Falo em surpresa relativa porque quem acompanha esta nova prova (Maratona Aquática), sabe que a brasileira está bem ranqueada e que, nos Jogos de Pequim, por pouco ela e Ana Marcela, nossa outra representante nas longuíssimas distâncias dentro d'água não beliscaram uma medalha.

No Atletismo, os prognósticos mais uma vez são incertos e o Brasil deve viver de um brilho isolado de um ou outro atleta. Maiores chances para Fabiana Murer (esperemos não ter outro problema com as varas). Não sei como está nossa campeã Maurren Maggi para tentar dar outro palpitão. Jadel Gregório cravou seu melhor salto nesta temporada na útlima etapa da Golden League em 17,12m, o que não deve ser suficiente para levá-lo ao pódio no Mundial.

Por fim, a Ginástica, que vive dias conturbados depois de Pequim. Diego Hypólito às voltas com inúmeras contusões e a equipe, como um todo, penando com a falta de patrocínio. Esperemos que o valor individual de cada um possa superar as dificuldades. De todo modo, esta geração já fez muito pelo esporte no Brasil.

Eis aí um resumão das grandes competições que cada um de nós pode acompanhar ao longo deste segundo semestre, entre um jogo e outro do Brasileirão de futebol.

PROFANANDO O MANTO

Se alguém ainda não percebeu, sou torcedor do Flamengo e, nesta condição, estou começando a dar uma pequena (bem pequena) razão ao tumulto causado pela Oposição na reunião que discutiu o patrocínio da Bozzano nas mangas do uniforme do time de futebol.

Lembro que li no Globo um Conselheiro argumentando que queria ver o layout da propaganda, para que não ocorresse o que aconteceu com o time de basquete, que tinha um ridículo quadrado amarelo no meio da camisa, lembrando o uniforme do Sport Recife, clube do qual rubronegros cariocas que se prezem têm que manter certa distância (a audácia de querer reivindicar o título brasileiro de 1987 é um dos maiores episódios de desfaçatez da história do futebol).

Pois bem, qual não é minha surpresa ao ver que o patrocínio da Bozzano conseguiu ir além na escala do ridículo. São DUAS inscrições iguais em cada manga, uma para baixo e outra para cima!!!!

Fica evidente a intenção da empresa em garantir que seu logotipo saia em qualquer foto, esteja o jogador de frente ou de costas, mas, francamente, para mim está tendo o efeito contrário. Aliás, estou até agora me perguntando que vantagem adicional o Flamengo pode ter levado para estampar tão ridícula propaganda em sua camisa, visto que o Corinthians veicula a mesma marca de modo muito mais racional, uma estampa maior, num sentido só, em cada manga.

Eu que sempre estive satisfeito com a moderação com que o Flamengo veiculou a propaganda da Petrobras no seu uniforme, não o conspurcando com cores estranhas como acontecia o enorme quadrado verde da Seven Up no Botafogo ou poluindo um de seus ativos mais valiosos como está fazendo o Corinthians, que transformou seu uniforme num verdadeiro macacão de Fórmula 1, vejo agora que a Diretoria perdeu completamente a mão. O uniforme, que tem um visual moderno, mas já pecava pela invencionice da gola, agora está horrível com este patrocínio "duplo" em cada manga.

Espero que alguém da empresa leia este blog e saiba que os torcedores detestaram a solução dada para o patrocínio.